5 coisas que não te contaram sobre a migração para o GA4

DP6 Team
Blog DP6
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6 min readAug 4, 2023

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Introdução

Com o fim do Google Analytics Universal torna-se indispensável realizar a migração para a mais recente plataforma de Analytics do Google: o Google Analytics 4.

As empresas que possuem a versão enterprise, o GA 360, têm até julho de 2024 para realizarem a migração para a nova ferramenta.

Com um prazo maior para realizar a migração, recomenda-se um planejamento criterioso com foco na jornada do usuário, compatível com a metodologia do GA4, na utilização das novas features, na cultura baseada em eventos e numa arquitetura de contas aderente às necessidades de negócios.

E por falar em necessidades de negócios, esse é o momento ideal para as empresas revisitá-las, possibilitando que as novas demandas das áreas que consomem dados de analytics sejam atendidas.

Portanto, se este é o caso da sua empresa, fique atento aos pontos abaixo para garantir que a nova ferramenta esteja em linha com as necessidades do business de sua empresa,

realizando uma migração segura, com qualidade e estruturação escalável.

1.MIGRAÇÃO TÉCNICA vs. MIGRAÇÃO DE NEGÓCIOS

É possível, tecnicamente, realizar a migração automática de toda a coleta de dados do Google Analytics Universal para a estrutura do GA4; isso faz com que muitos pensem se tratar de algo trivial, que não necessite de reflexões, análise e cuidados.

O principal risco disso é a geração de uma visão míope da jornada do usuário, já que estamos falando de duas ferramentas bastante diferentes em estrutura — por exemplo, um hit do usuário no GAU pode gerar até 4 eventos no GA4.

Ademais, este modelo de migração não leva em consideração as regras de negócio e particularidades da empresa, e assim, não garante a visão correta e adequada para responder às perguntas de negócio.

Exemplificando: enquanto se contabilizava sessões no GAU de uma página web, quando olhamos no GA4 é interessante entender se é a primeira visita do usuário, se é um novo evento de sessão que ocorre no mesmo dia (engajamento), se o usuário já teve contato com o formulário anteriormente, entre outras possibilidades que auxiliarão no entendimento do comportamento do usuário com visão ampla e diversificada.

Deve-se levar em consideração que o GA4 é uma nova ferramenta. Assim, o “de-para” do GAU para o GA4 não é uma prática recomendada para a maioria das empresas.

2. ARQUITETURA DE CONTAS

No GA4 não se consideram mais as vistas e propriedades, mas propriedades e sub-propriedades, com possibilidade de exploração da visão cross por meio do roll-up.

Deste modo, a migração técnica pode não atender o ajuste necessário para o arranjo adequado das propriedades que seu negócio necessita.

É necessário que haja um entendimento amplo no negócio da empresa para planejar as visões necessárias desde as camadas mais operacionais até as camadas C-levels para desenvolver a topologia das contas de modo mais condizente, estratégico e estruturante para a empresa.

Por exemplo, no GAU acompanhavam-se métricas da página web, no GA4 é possível entender a jornada completa do usuário entre site e app numa única propriedade.

Bem como realizar quebras em sub-propriedades por produto onde cada time de produtos acompanha e unifica a visão em uma única propriedade para que as camadas gerenciais acompanhem as métricas gerais da saúde do negócio.

No caso de uma arquitetura insatisfatória, podem-se perder informações, haver problemas na geração de KPI´s estratégicos e não corresponder ao modelo da operação. O que ocasiona na maior dificuldade no uso cotidiano da ferramenta por jornadas “quebradas” entre várias propriedades ou unificando dados ou fluxos que não fazem sentido.

3. COLETA DE TODA A JORNADA DO CONSUMIDOR

A análise profunda da coleta anterior (GAU) para adequação com qualidade na coleta sem “quebras” no GA4 é de suma importância.

Além do olhar microscópico para identificar possíveis gaps na captura da jornada do usuário, deve-se identificar quais métricas eram geradas e adequar para novas métricas com olhar na jornada do usuário.

O risco de geração de métricas distorcidas ou olhar míope numa migração sem planejamento e aplicação inadequada é de direcionar incorretamente o negócio de sua empresa.

Para exemplificar, a sua marca possui opção de contratação de uma assinatura tanto no aplicativo quanto no site. O usuário navega na versão mobile do seu site, vê o link do aplicativo, realiza o download e conclui a conversão no aplicativo.

Antes, entendia-se uma sessão web com abandono de carrinho no site e contabilizava uma sessão no app com conversão.

No GA4 é possível identificar o início do contato do usuário no site e conversão final no app.

4. NOVOS KPI´S COM FOCO NA JORNADA DO CONSUMIDOR

As empresas precisam se adequar para a migração da plataforma, pois é comum no mercado que realizem a migração com o mesmo mapa de tags e pensando em gerar os mesmos KPI´s que obtinham no GAU.

Se antes acompanhava-se a taxa de rejeição, agora no GA4 deve-se pensar no engajamento do usuário.

Se a marca, antes, acompanhava quais páginas eram mais acessadas, agora deve focar, por exemplo, em quais os principais movimentos que levam à conversão (ex. se o usuário inicia a jornada no site desktop, mas finaliza no app, etc).

Assim, é possível entender se a experiência do usuário está satisfatória, ou se será necessária a realização de testes de jornadas para otimizar a performance.

5. CONFIGURAÇÃO CORRETA PARA USO DAS NOVAS FEATURES

Já falamos aqui, mas é importante reforçar pensando no objetivo de otimizar nossa estratégia de análise de dados: é essencial reconhecer que o GAU e o GA4 são ferramentas de Analytics distintas. Portanto, devemos concentrar nossos esforços em explorar as funcionalidades e a estrutura do GA4 para obtermos o máximo potencial que ela oferece.

Por exemplo, deseja-se enviar segmentos para o Google Ads filtrando-se as audiências por região, interesse e nível de engajamento. Assim, é necessário se certificar que a coleta dos parâmetros está sendo realizada corretamente para atender à necessidade.

Ou ainda, deseja-se alterar um termo de consentimento pelo gerenciador do GA4, porém se a configuração não estiver correta ou não planejada podem ocorrer dificuldades em realizar essa operação simples.

Portanto, o uso da nova ferramenta requer uma mudança de perspectiva em relação à coleta de dados, adotando a utilização de parâmetros, enhanced measurement, entre outras técnicas, para aproveitar o GA4 de maneira adequada.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Considerando os pontos listados acima, queremos chamar atenção para a importância em aprofundar o trabalho de migração para o Google Analytics 4, que é uma super potência em termos de plataforma, mas que precisa de um novo olhar, tanto do negócio quanto técnico, para que aconteça de forma a melhorar cada vez mais o uso de dados na sua empresa. E conte com a DP6 para te dar uma força nesse trabalho!

Perfil do autor: Miriam Kozuma | Technical Sales Engineer, possui 13 anos de experiência na área de dados. Já atuou como Analista de Sistemas, Analista de Dados, Database Marketing, Business Intelligence e Data Product Manager.

Perfil do autor: Caio Cesar Grecco Moraes | Gerente Jr atualmente na área de Martech, economista que migrou para a área de Marketing digital há mais de 8 anos.

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