Guia de gráficos básicos — DataViz Basics: 3 de 4

DP6 Team
Blog DP6
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6 min readAug 8, 2018

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Série completa:

1- https://blog.dp6.com.br/dataviz-basics-7876d950ee1f

2-https://blog.dp6.com.br/como-escolher-o-melhor-gr%C3%A1fico-para-meus-dados-dataviz-basics-2-de-4-6b97d95c2dd0

4-https://medium.com/dp6-blog/5-dicas-para-facilitar-a-leitura-e-entendimento-de-gr%C3%A1ficos-dataviz-basics-4-de-4-b5d2b54c8659

“Dependendo da forma como apresentamos as informações, podemos enviesar uma decisão, o que não é necessariamente positivo. Precisamos ter o cuidado de criar a melhor visualização para tomar decisões de acordo com as estratégias do negócio. Por isso mesclamos o conhecimento da DP6 sobre DataViz, marketing digital e indicadores, com nosso conhecimento estratégico.” — Cliente DP6

Por que usamos sempre os mesmos gráficos? Será que são mesmo a melhor maneira de mostrar os dados que temos?

O artigo anterior desta série sobre visualização de dados falou sobre o processo de escolha dos gráficos mais adequados para cada tipo de dados, mas é preciso conhecer os tipos de gráficos mais comuns e seus principais usos. Preparamos um guia com 10 gráficos básicos que serve como introdução para os profissionais menos experientes e como material de consulta rápida para os veteranos.

O guia de gráficos básicos traz exemplos dos tipos mais simples vistos no artigo “Como escolher o melhor gráfico para meus dados?”, além de dicas para usar cada gráfico de forma mais útil e adequada. A indicação de legibilidade considera a experiência com interpretação de dados da pessoa que lerá o gráfico, ou seja, se os gráficos são fáceis de ler ou mais complexos. Se tiver dúvidas sobre a função de cada gráfico (comparação, distribuição, composição ou relação), consulte o artigo anterior desta série.

Guia de gráficos básicos

1. Gráfico de linha

Legibilidade: fácil

Função: comparação

Dados em muitos períodos e não cíclicos ou Dados em poucos períodos e muitas categorias

Exemplos: Visitas, vendas.

CUIDADO: excesso de linhas dificulta a identificação das legendas, e linhas que se sobrepõe dificultam a leitura. É recomendável manter no gráfico somente as informações relevantes ou destacar as informações mais importantes.

O gráfico de linha é melhor que o gráfico de colunas para enfatizar as mudanças dos dados ao longo do tempo.

2. Gráfico de colunas

Legibilidade: fácil

Função: comparação
Dados em poucos períodos e poucas categorias ou comparação entre poucos itens

Exemplos: frequência relativa, contagem, percentuais.

CUIDADO: em alguns casos, o gráfico de barras horizontais pode ser mais fácil de ler do que a versão de barras verticais (colunas)

Os gráficos de colunas e de barras horizontais são muito semelhantes, então quando houver dúvida sobre qual usar, recomenda-se testar ambos os formatos, comparando lado a lado para decidir qual parece ser o mais fácil e adequado para seus dados e seus leitores.

3. Gráfico de barras horizontais

Legibilidade: fácil

Função: comparação
Comparação entre muitos itens

Exemplos: Visitas, vendas, investimento.

Um gráfico de barras pode ser modificado para funcionar como um funil, ou também para um gráfico bullet.

4. Gráfico de pizza

Legibilidade: fácil

Função: composição
Composição estática, que mostre uma porção simples do total

Exemplos: Visitantes novos e retornantes.

CUIDADOS: Nunca use gráfico de pizza se a soma das fatias não for igual a 100% dos dados. Também não é recomendável usar gráfico de pizza com mais de seis fatias e nem com efeito tridimensional.

5. Gráfico de área

Legibilidade: média

Função: composição
Composição variável ao longo do tempo, com muitos períodos ou tipos

Exemplos: Visitas, vendas, receita.

CUIDADO: áreas empilhadas podem distorcer a visão de cada série, que se apóia na base variável da série que está embaixo, o que atrapalha para identificar padrões nas séries individuais.

6. Gráfico de dispersão

Legibilidade: média

Função: distribuição ou relação
Distribuição de duas variáveis
ou
Interdependência entre duas variáveis

Exemplos: investimento em mídia e vendas.

CUIDADO: O gráfico de dispersão serve para observar o que acontece com uma variável quando outra variável se altera, podendo identificar uma possível relação de causa e efeito entre elas. No entanto, a correlação nem sempre indica relação direta de causalidade.

7. Histograma

Legibilidade: média

Função: distribuição
Distribuição de frequências ou densidade de probabilidades, com variável única

Exemplos: exposição de fotografia (distribuição de pixels claros e escuros), distribuição de renda.

CUIDADOS: Que tipo de distribuição os dados estão sugerindo? Como os dados estão localizados?
Os dados são simétricos? Existem dados que devem ser desconsiderados por estarem distante dos demais dentro do conjunto?
Como os dados estão dispersos?

Histogramas podem apresentar diferentes padrões de distribuição. Se os gráficos acima representarem a distribuição de renda de diferentes regiões, você investiria em que tipo de produtos e serviços em cada uma delas?

8. Gráfico de cachoeira

Legibilidade: ninja

Função: composição
Composição estática, que mostre acumulação e subtração do total

Exemplos: controle de estoque, fluxo de caixa.
CUIDADO: leitores desatentos podem confundir com gráfico de colunas.

9. Gráfico de bolhas

Legibilidade: ninja

Função: relação
Interdependência entre três variáveis

Exemplos: contagem, frequência e proporção; CPC, clicks e conversões.

CUIDADOS: apesar de o gráfico de bolhas ser ótimo para uma comparação rápida das variáveis, não é muito adequado para análises de precisão. Além disso, alguns softwares usam o diâmetro e não a área (volume) para a variável que altera o tamanho da bolha, o que torna mais difícil a comparação.

A relação entre as três variáveis é analisada comparando o tamanho das bolas e sua posição nos eixos. Usar códigos de cores para as bolhas ajuda a ter mais uma categorização para as variáveis do gráfico.

10. Gráfico de radar

Legibilidade: ninja

Função: comparação
Dados em períodos cíclicos ou Muitas variáveis (objetivas) no mesmo eixo ou Avaliação qualitativa segundo critérios que podem ser quantificados

Exemplos: Avaliação de ferramentas; alinhamento dos esforços de mídia com os princípios da empresa; dados complementares a um mapa.

CUIDADO: a ordem dos eixos altera a figura e pode influenciar a interpretação do gráfico.

Conhecer os gráficos é importante, mas é necessário saber escolher. O segundo artigo dessa série sobre visualização de dados dá o passo a passo para fazer uma boa escolha, não deixe de ler!

Você usa os gráficos acima para outros objetivos? Comente com a gente! Vamos trocar experiências.

Próximo artigo: 5 dicas para facilitar a leitura e entendimento de gráficos

Perfil do autor: Ingrid Pino | Atua desde 2012 com Inteligência de Negócios na área de Marketing, com foco em Digital Analytics e Análises de Mercado, e participou de projetos de Data Science e Data Visualization em cinco países.

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